Tropical Diaspora Records®
Pan Bras'Afree'Ke Vol.2 [verde] por Höröyá • PRÉ-ENCOMENDA
Pan Bras'Afree'Ke Vol.2 [verde] por Höröyá • PRÉ-ENCOMENDA
☆☆ Pré-encomenda ☆☆
Pan Bras'Afree'Ke Vol.2 [verde]
☆ Primeira impressão com apenas 100 registros ☆
Terceiro Álbum de Höröyá
O afrobeat estava em voga há alguns anos. Todos procuravam inspiração em África, especialmente na música e nas palavras de Fela Kuti, o grande músico nigeriano que criou o Afrobeat do Highlife da África Ocidental e o funk afro-americano que encontrou depois de ter contacto com os Panteras Negras nos EUA. No Ocidente, a cena musical independente estava em crise e o Afrobeat parecia oferecer uma boa oportunidade para resgatar os músicos ocidentais que, perante um presente vazio e despolitizado, pensavam que “tornar-se africanos” poderia dar-lhes um excedente muito necessário na indústria. Grande baterista e compositor da África dos anos 70, Tony Allen começou a fazer turnês, aparecendo em todos os festivais do Ocidente e colaborando em todos os novos discos feitos. Algumas bandas começaram a incluir músicos da diáspora africana que serviam para legitimar as bandas como figurantes coloridos e ajudavam a autenticar ritmos e letras. O afrobeat estava em toda parte. Veio do Ocidente e recuperou algum passado glorioso perdido na “escuridão” da história africana. Em países como o Brasil, mas também nos EUA, o Afrobeat serviu para que as elites (brancas) descobrissem a herança africana sem se sentirem incomodadas com isso. É algo muito estranho se considerarmos que o Brasil tem a segunda maior população negra do mundo. De alguma forma, numa reelaboração distorcida da dialéctica hegeliana Mestre-Escravo abordada por Frantz Fanon, o Ocidente reconheceu a sua dependência da tradição musical africana sem reconhecer a independência de África relativamente à sua visão do mundo.